terça-feira, 27 de agosto de 2013

disfarça e chora

meus poemas são seus
mas você já não os vê
porque minha obra te dói
e possivelmente constrange

aqui estão desnudos
meus sentimentos por ti
expostos como em carne viva
nessa tela em branco
meus dedos deslizam pelas teclas procurando as palavras
não precisam ser exatas, servem as aproximadas
para que eu diga, eu diga, eu diga
o que preciso dizer
mesmo que você não vá ler

talvez tanto amor te agradasse quando era mútuo
mas agora você pode só escolher não ver
e eu não posso desligar o botão de senti-lo
posso respeitar que você não veja
posso torcer para que estejas feliz

contudo continuo a amá-lo
"como se ama a um passarinho morto"

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