sexta-feira, 22 de junho de 2012

Zeca Baleiro - Minha casa

É mais fácil
Cultuar os mortos
Que os vivos
Mais fácil viver
De sombras que de sóis
É mais fácil
Mimeografar o passado
Que imprimir o futuro...

Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo...

 Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...

Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar...

Veja o mundo passar
Como passa
Uma escola de samba
Que atravessa
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Sentado na porta
De minha casa
A mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

4 in the morning

São quase 4 horas da manhã e as coisas que tanto doíam parecem não doer mais.

Pode ser só nesse momento. Se é assim, que momento abençoado, então.

Eu o agradeço com a convicção de que se não fosse seu amor, eu não conseguiria suportar.

Eu o agradeço por me lembrar que amor não precisa ser sempre vulnerabilidade. Que o amor não precisa ser sempre meu calcanhar de Aquiles. Por me lembrar que o amor pode ser força, resistência e paz.


"Se existe aquele que só sabe ferir, também há quem cuida dessas feridas. Também há quem as cure. E são essas pessoas que nos fazem olhar para frente."
- Fruits Basket