sábado, 19 de maio de 2012

A morte é a verdade absoluta.

Esmagadora. Inexorável.

Não há lágrimas que revertam a morte. Não há dinheiro, não há desespero ou desamparo que a compadeçam. Especialmente quando essa morte foi escolhida.

Queria abraçá-la de novo. Acima de tudo, queria abraçá-la de novo. Queria sentir aquele 1,57m e ouvir sua risada e mostrar coisas a ela.

Dói, dói, dói. Disseram-me: "Perdi minha mãe há 20 anos e ainda dói." Tenho um belo futuro pela frente então.

É possível encontrar um lugar no mundo para mim? Ela jamais encontrou; ela me disse isso ano passado.

A pessoa mais parecida comigo.


Que fim horrível.

Queria ter fé. Não a parte dos preconceitos e da esquizofrenia. Queria só o conforto de conseguir acreditar num deus compassivo que assegurasse paz a ela. A paz que eu queria ter dado.

A presença da ausência é muito forte. Parece que eu morri um pouco junto. É um universo enorme de coisas que fazem falta e coisas que eu queria compartilhar e não posso. De comidas a viagens. De discussão sobre livros a xícaras de chá mate.

Que saudade. Se ao menos esse pranto servisse pra aliviar sua alma.

Um comentário:

  1. Gigi, eu tenho fé e vou pedir muito por ela e por você. Logo você vai se sentir melhor. Bjão

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