quinta-feira, 14 de julho de 2022

ouro de Oxum

 (03.06.2022)

filha dela 
lunar e dourada
escucho a las plantitas 
acolhe o linalol 
rebela a Araucanía
não pacificada
revolução do manjericão 
axé que rompe cárceres 
vuela com el viento
dispersando sementes aladas
anemocóricas
dormência que se quebra 
com a respiração
nem sempre é ácido giberélico
nem sempre é sobre
escarificar 
por vezes é sobre
aguardar

sucessão
estratos de trauamas também cedem
para estratos levantarem
de cura
de vida
de caminhante
de buscadora

"aonde eu bebo água
o jaguar espreita
eu o vejo, sou um caçador
neste momento contemplo quem sou"
filha de Oxóssi
puxo meu ofá não para alvos de inimigos
não tenho  inimigos
exceto por mim mesma
quando quero partir
talvez nem ali eu seja inimiga
minha
é na partilha que vivo
me ergo, me lanço 
enraizo 

minha flecha
atravessa
os véus do Samsara
Prajnaparamita, chacronita
tudo é veículo
quando se quer chegar
adiante de onde se está 
con la fuerza de los ancestros 
jibóia, onça, águia
condorcito

minha flecha mira 
além

newen.

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