there'l be a time
when I'll cry no more
no more tears, no more, no more
no more
this time is gonna come
some time, some day, some night
no more tears, no more, no more
no more
cleaning up my shadows
until I find the light
until I rise into the light
and my heart will ache no more
no more tears, no more, no more
no more
I chose no easy path
God only knows what it cost to me
but I'm learning to understand
Mother Nature is holding my hand
and I'll ache no more
no more tears, no more, no more
no more
I feel no fear
and I fear no end
carrying on is the only way to the mend
and I won't feel that pain again
no more tears, no more, no more
no more
'cause there'll be a time
when I'll cry no more.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Elliott Smith - Better be quiet now
Wish you gave me a number
Wish I could call you today,
Just to hear a voice.
I got a long way to go
Getting further away.
If i didn't know the difference,
Living alone would probably be okay.
It wouldn't be lonely.
I got a long way to go
Getting further away.
A lot of hours to occupy it was easy
When I didn't know you yet,
Things I'd have to forget.
But I better be quiet now,
and I'm tired of wasting my breath
Carrying it on, getting upset.
Maybe I have a problem,
But thats not what I wanted to say.
I prefer to say nothing.
I got a long way to go
Getting further away.
Had a dream as an army man with an order
Just to march in my place
But a dead enemy
Screams in my face
But I better be quiet now,
I'm tired of wasting my breath
Carrying it on, not over it yet.
Wish I knew what you were doing.
Why you want to do it this way.
So I can't go the distance,
I got a long way to go,
I'm getting further away.
I got a long way to go
Getting further away.
Wish I could call you today,
Just to hear a voice.
I got a long way to go
Getting further away.
If i didn't know the difference,
Living alone would probably be okay.
It wouldn't be lonely.
I got a long way to go
Getting further away.
A lot of hours to occupy it was easy
When I didn't know you yet,
Things I'd have to forget.
But I better be quiet now,
and I'm tired of wasting my breath
Carrying it on, getting upset.
Maybe I have a problem,
But thats not what I wanted to say.
I prefer to say nothing.
I got a long way to go
Getting further away.
Had a dream as an army man with an order
Just to march in my place
But a dead enemy
Screams in my face
But I better be quiet now,
I'm tired of wasting my breath
Carrying it on, not over it yet.
Wish I knew what you were doing.
Why you want to do it this way.
So I can't go the distance,
I got a long way to go,
I'm getting further away.
I got a long way to go
Getting further away.
terça-feira, 8 de abril de 2014
i carry you in my heart
quem ama liberta
só o quero ao meu lado
se um dia ele o quiser de fato
o que quero
é que ele seja tão feliz
livre
são
pleno
vivo
leve
e firme
quanto merece
e essa prece
carrego no peito
como uma estrela
e a lua sou eu
e a mãe terra me guia
no caminho índigo
de um coração fiel
ao eterno.
só o quero ao meu lado
se um dia ele o quiser de fato
o que quero
é que ele seja tão feliz
livre
são
pleno
vivo
leve
e firme
quanto merece
e essa prece
carrego no peito
como uma estrela
e a lua sou eu
e a mãe terra me guia
no caminho índigo
de um coração fiel
ao eterno.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
5
em um mês faria um ano do término
mas fará um mês do novo término
as coisas não valem pelo tempo
mas pela qualidade
e eu sinto falta
e sinto muito.
mas fará um mês do novo término
as coisas não valem pelo tempo
mas pela qualidade
e eu sinto falta
e sinto muito.
domingo, 6 de abril de 2014
15
dia 15 faz dois anos
desde a primeira vez
que o beijei
naquele sofá
depois de um dia inteiro querendo isso
dois anos
e o que começou despretensiosamente
se tornou um amor maior
que tudo que eu conhecia
em um mês
fará dois anos do suicídio da minha mãe
e já não dói mais
queria que ela estivesse aqui,
mas não por mim.
Por ela mesma.
Para que pudesse
curar-se
mas já não dói mais, não
deixei ir
dia 15 faz dois anos
e meu amor jamais, jamais diminuiu
cresceu exponencialmente
e suspeito que continuará a fazê-lo
mesmo que supostamente não deva
não serei eu a refrear
o que vem do divino
dia 15 faz dois anos
e eu o amo
eu o amo tanto
que aceito
o que tiver de ser.
desde a primeira vez
que o beijei
naquele sofá
depois de um dia inteiro querendo isso
dois anos
e o que começou despretensiosamente
se tornou um amor maior
que tudo que eu conhecia
em um mês
fará dois anos do suicídio da minha mãe
e já não dói mais
queria que ela estivesse aqui,
mas não por mim.
Por ela mesma.
Para que pudesse
curar-se
mas já não dói mais, não
deixei ir
dia 15 faz dois anos
e meu amor jamais, jamais diminuiu
cresceu exponencialmente
e suspeito que continuará a fazê-lo
mesmo que supostamente não deva
não serei eu a refrear
o que vem do divino
dia 15 faz dois anos
e eu o amo
eu o amo tanto
que aceito
o que tiver de ser.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
O sapo e o escorpião
Em alguma época, em algum lugar, houve um escorpião que precisava atravessar um lago. A fábula original não diz o porquê. Então digo que meu escorpião precisava atravessar o lago porque havia visto uma aranha que lhe parecera especialmente apetitosa.
Porém, o escorpião não nadava. E próximo a ele, um sapo coaxava tranquilamente, super zen. Talvez o sapo estivesse recitando silenciosamente o Prajnaparamita. Ou não. De qualquer forma, o escorpião não se interessava por budismo. Era demasiado hedonista. E interrompeu a meditação do sapo:
- Olá, amigo sapo! - disse, num tom falsamente amistoso.
- Olá? - disse o sapo, cauteloso, pensando "Como assim 'amigo', cara, você nunca falou comigo antes, embora coexistamos nesse ecossistema há tempos", e ainda assim, tentando ser gentil, e não manifestar sua desconfiança.
- Desculpe-me por interromper sua meditação, om, mas eu preciso atravessar esse lago, e minha natureza não me permite nadar. Eu gostaria de te pedir para me levar.
- Por que você precisa atravessar o lago?
- Porque minha amada está do outro lado, me esperando - mentiu o escorpião, ciente de que o sapo não gostaria da ideia de levá-lo apenas para que o escorpião pudesse desfrutar de uma aranha, que, afinal, era tão viva quanto eles.
- Sério? Essa é uma boa razão, mas por que você não contorna o lago? - respondeu o sapo, compassivo.
- Oh, eu contornaria! Como você sabe, eu posso passar muito tempo sem me alimentar, e faria esse trajeto com prazer, mas ela - ah, as fêmeas! - tem pressa.
- A paciência é uma virtude, escorpião. Mas nesse caso, que há de se fazer? Tenho de ser compreensivo com o processo dos outros, também. Atravessarei o lago contigo.
- Muito obrigada, meu amigo sapo! O que você quer em troca? - disse o escorpião, satisfeito.
- Nada. Não precisa me dar nada. Vamos lá. - concluiu o sapo, oferecendo suas costas ao escorpião.
O escorpião subiu nas costas do sapo, e o sapo entrou no lago. Durante a travessia, o sapo contou que na verdade não pretendia entrar no lago por um tempo, contudo, havia feito essa concessão pelo escorpião. O escorpião simulou gratidão, mas no fundo, não entendeu o que levava um ser a fazer algo que não queria por outro ser.
No meio da travessia, o escorpião picou o sapo.
- Por que você fez isso?! - disse o sapo - Eu lhe ofereci minhas costas de bom grado, e agora ambos morreremos!
- É a minha natureza - disse o escorpião.
- Não - disse o sapo, muito sério e resoluto, com o que lhe restava de vida -, não é a sua natureza. A sua natureza era não nadar. Isso sim era sua fisiologia, algo que você não podia mudar. Mas a natureza do seu caráter, sua essência? "A existência precede a essência", diz Sartre. Era responsabilidade sua administrar sua natureza e sua essência para se tornarem o que você quisesse ser. Você acha que eu queria entrar no lago para te trazer? Não, mas eu escolhi trazer, e entre a preguiça e a vontade de te ajudar, cedi a segunda. Se você se envenenou, e me envenenou, a responsabilidade é unicamente sua. Sinto muito pela minha vida e pela sua, porque você foi consumido pela sua auto-indulgência e jogou no lixo uma chance de se tornar melhor. - disse o sapo. E morreu.
O escorpião entendeu imediatamente o que o sapo queria dizer. E sentiu-se tomado pela tristeza por ter destruído tantas coisas antes de aprender algo tão simples. Morreu também.
"1) Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Eu caio
Estou perdido... sem esperança.
Não é culpa minha.
Levo uma eternidade para encontrar a saída.
2) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim levo um tempão para sair.
3) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio... é um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa.
Saio imediatamente.
4) Ando pela mesma rua
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.
5) Ando por outra rua."
(O Livro Tibetano do Viver e do Morrer)
Porém, o escorpião não nadava. E próximo a ele, um sapo coaxava tranquilamente, super zen. Talvez o sapo estivesse recitando silenciosamente o Prajnaparamita. Ou não. De qualquer forma, o escorpião não se interessava por budismo. Era demasiado hedonista. E interrompeu a meditação do sapo:
- Olá, amigo sapo! - disse, num tom falsamente amistoso.
- Olá? - disse o sapo, cauteloso, pensando "Como assim 'amigo', cara, você nunca falou comigo antes, embora coexistamos nesse ecossistema há tempos", e ainda assim, tentando ser gentil, e não manifestar sua desconfiança.
- Desculpe-me por interromper sua meditação, om, mas eu preciso atravessar esse lago, e minha natureza não me permite nadar. Eu gostaria de te pedir para me levar.
- Por que você precisa atravessar o lago?
- Porque minha amada está do outro lado, me esperando - mentiu o escorpião, ciente de que o sapo não gostaria da ideia de levá-lo apenas para que o escorpião pudesse desfrutar de uma aranha, que, afinal, era tão viva quanto eles.
- Sério? Essa é uma boa razão, mas por que você não contorna o lago? - respondeu o sapo, compassivo.
- Oh, eu contornaria! Como você sabe, eu posso passar muito tempo sem me alimentar, e faria esse trajeto com prazer, mas ela - ah, as fêmeas! - tem pressa.
- A paciência é uma virtude, escorpião. Mas nesse caso, que há de se fazer? Tenho de ser compreensivo com o processo dos outros, também. Atravessarei o lago contigo.
- Muito obrigada, meu amigo sapo! O que você quer em troca? - disse o escorpião, satisfeito.
- Nada. Não precisa me dar nada. Vamos lá. - concluiu o sapo, oferecendo suas costas ao escorpião.
O escorpião subiu nas costas do sapo, e o sapo entrou no lago. Durante a travessia, o sapo contou que na verdade não pretendia entrar no lago por um tempo, contudo, havia feito essa concessão pelo escorpião. O escorpião simulou gratidão, mas no fundo, não entendeu o que levava um ser a fazer algo que não queria por outro ser.
No meio da travessia, o escorpião picou o sapo.
- Por que você fez isso?! - disse o sapo - Eu lhe ofereci minhas costas de bom grado, e agora ambos morreremos!
- É a minha natureza - disse o escorpião.
- Não - disse o sapo, muito sério e resoluto, com o que lhe restava de vida -, não é a sua natureza. A sua natureza era não nadar. Isso sim era sua fisiologia, algo que você não podia mudar. Mas a natureza do seu caráter, sua essência? "A existência precede a essência", diz Sartre. Era responsabilidade sua administrar sua natureza e sua essência para se tornarem o que você quisesse ser. Você acha que eu queria entrar no lago para te trazer? Não, mas eu escolhi trazer, e entre a preguiça e a vontade de te ajudar, cedi a segunda. Se você se envenenou, e me envenenou, a responsabilidade é unicamente sua. Sinto muito pela minha vida e pela sua, porque você foi consumido pela sua auto-indulgência e jogou no lixo uma chance de se tornar melhor. - disse o sapo. E morreu.
O escorpião entendeu imediatamente o que o sapo queria dizer. E sentiu-se tomado pela tristeza por ter destruído tantas coisas antes de aprender algo tão simples. Morreu também.
"1) Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Eu caio
Estou perdido... sem esperança.
Não é culpa minha.
Levo uma eternidade para encontrar a saída.
2) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim levo um tempão para sair.
3) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio... é um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa.
Saio imediatamente.
4) Ando pela mesma rua
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.
5) Ando por outra rua."
(O Livro Tibetano do Viver e do Morrer)
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