sábado, 31 de maio de 2014

seguir em paz

na transitoriedade
impermanente
que cabia
no possível
eu escolhi você
e você não me quis;
eu quis insisitir
em segurar sua mão
e você foi firme
em não seguir
e eu segui

pelas alamedas estreladas
com a luz de meus próprios bem-quereres
que não você.

eu tenho a poesia
eu tenho o amor
eu tenho a luz
eu tenho a fé
eu tenho a compaixão
eu tenho a caminhada
embora eu não tenha você.

e eu não pude
mudar o que era
pois tudo é
como tem de ser
e mesmo agora
eu não posso mudar
o que não sei como
mudar

o que eu posso é ser
ser livre
ser luz
criar
meu universo
multicolorido
de bem-aventurança
como meio libriana
eu gosto do que é lindo
como meio canceriana
eu gosto de abraços
e como eu mesma
eu gosto da minha paz
e eu me basto no calor da minha senda
e eu faço bichinhos com as mãos
na frente de uma lanterna
lançando luz
para brincar
com as sombras das ausências.

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